(...)
Era uma vez uma história.
Daquelas sem a mínima graça.
Sem porquinho, sem carneiro, sem pato feio.
Daquelas que você cansou de ouvir.
E cansou de viver.
Nesse livro não tem ‘fim’.
A morte chama.
Ninguém é salvo.
E falta alguma coisa.
Sempre falta.
(...)
Talvez a resposta esteja perdida entre a razão e a inocência.
Talvez a resposta seja vazia como o olhar seco entre os lírios.
Talvez a resposta não exista.
(...)
É, talvez todo esse tempo de busca tenha servido apenas para preencher a falta de sentido
Eu subi a montanha e não vi nada.
Nada.
Se preferiria continuar escalando sem chegar ao topo?
Talvez... talvez o entretenimento da escalada me distraísse o suficiente para não pensar nas dores.
(...)
Um segundo só é válido quando é pleno.
Senão é mentira.
Senão é morto.
Senão é imperfeito.
(...)
Não agarro desejos com dedos mas com dentes.
Para se errar com classe o erro deve ser magnânimo, pois afinal, até para o erro existem expectativas... você sabe.
E como existem!
E ah, quem dera eu cometer o mais perfeito dos erros.
Seria estrela que vive no escuro sem brilhar, e aí sim minha loucura seria a mais sábia entre os homens.
Quantas vezes assisti em silêncio contemplares meus erros.
E ah sim, foram erros.
Mas erros muito bem sucedidos, convenhamos.
E errar é uma arte.
Para alguns uma frivolidade da inconseqüência, para outros, filosofia de vida.
E foram senhores erros... embora não o suficiente.
(...)